O salto das poças

A primeira manhã de verão começou com uma subidazinha entre a Covoada e a Vista do Rei para aquecer os presuntos, alguns deles, já bem curados nesta altura.

Entre o nevoeiro avistamos o Fernando, bem engalanado, com o seu equipamento especial de corrida, para a última festa do XC deste ano, que pelos vistos foi adiada para alturas mais soalheiras, lá para os lados do Pico do Carvão. Com tão bela fatiota não podia deixar de dar a sua voltinha com os Wind, e assim foi, cumeeiras abaixo até ao trilho das poças.

Monta e desmonta, mergulha, bruços, costas, mariposa, alguns já com isco na ponta da cana de pesca, lá se foram desenrascando para ultrapassar tamanhos obstáculos. Na segunda passagem, isto é, na volta já trazia tainhas nas botas, que aproveitei para vender a uns gajos de moto 4 que se esqueceram das barbatanas e acamparam por ali mesmo.

Depois dos comerciais às tainhas, bota pró caminho dos 3 km e agarrai-os que só vão parar nas sete cidades.

Tirada a foto de família e algumas pra namorada, mais uma subidazinha, bem regada em direcção à Várzea que deixou alguns com as botas mais encharcadas para trás.

Aqui fizemos uma habitual incursão nas Cumeeiras até à Vista do mesmo Rei.

Reagrupados, lá fomos descendo pelo asfalto, e aqui é que a festa se estragou, o nosso Hitcher, sacou do pijama e deitou-se num lençol de água sobre o asfalto. A partir daqui a logística, de ambulâncias cheias de enfermeiras e carros de apoio foi posta à prova, já o parecia o Tour de França.

Força Hitcher, as canadas estão à tua espera, vai ser um mesito sem pedaladas, mas será, com certeza, um regresso em pleno.